diary pages #40

Hi teddy bears,
O dia de ontem foi o mais difícil das últimas semanas. E digo ontem visto que já passou da meia noite. Fui até à escola com outras meninas da minha turma com o objetivo de irmos ver os horários. Chegamos lá e ficamos super espantadas com o facto de a parte da folha destinada ao nome dos professores estava tapada. Os funcionários só nos diziam que não podiamos ver, na secretaria ninguém nos dava respostas, e nós sem saber o que fazer, visto que o nosso maior interesse era ver se o nosso professor de matemática se mantinha e se continuava a ser o nosso diretor de turma. Acreditem, ele é o melhor professor que alguém pode ter. Para além de ser óptimo na sua forma de ensinar e de se relacionar com os alunos, ele é um amigo. Está sempre disponivel para nos ajudar, preocupa-se connosco se temos problemas em casa e não deixa que ninguém seja posto de parte por qualquer motivo. Ele é a "alma da festa" sempre que há qualquer saída, ele faz disparates e loucuras como se fosse uma completa criança, e tudo isto sem perder qualquer credibilidade. Por tudo isto, a nossa ansiedade tinha mesmo de ser saciada então tentamos tudo por tudo para conseguir ver o nome dos nossos professores. Quando conseguimos, apanhamos uma desilusão total. Para além de já não ser o nosso diretor de turma, nem sequer é nosso professor. Bem, posso dizer-vos que me deu um ataque de pânico, começou logo a dizer que ia mudar de turma e tudo isso, e a lutar bastante para não chorar. Não sabia o que pensar nem o que fazer, estava a ver a minha vida toda a andar para trás. Porquê? Pelo simples facto de ser o último ano antes da universidade e de eu querer seguir matemática. Só o facto de ele ser um óptimo professor já era um grande motivo para querer que ele continuasse, mas o facto de ele já me conhecer, já saber aquilo que consigo alcança, ajudava bastante. Mas o que piora tudo é saber que ele também queria bastante ficar com a nossa turma. Tanto que nós o vimos sair da escola todo chateado e quando chamamos por ele, ele limitou-se a erguer os braços e a seguir em frente. Se não lhe importasse, ele tinha vindo ter connosco, dizia umas palavrinhas e ia embora. Mas não. E é isso que custa. Mas conforta saber que mesmo assim temos ali um amigo a quem recorrer sempre que tivermos um problema ou qualquer dúvida sobre a matéria.

With affection,

mary anne ☪